sábado, 11 de fevereiro de 2012

É POSSÍVEL RESOLVER A INDISCIPLINA?

Não há solução fácil. Mas é essencial trabalhar - como conteúdos de ensino - as questões relacionadas à moral e ao convívio social e criar um ambiente de cooperação. As estratégias usadas atualmente por grande parte dos professores para lidar com a indisciplina têm sido desastrosas e estão na contramão do que os especialistas apontam ser o mais adequado.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

DISCIPLINA ESCOLAR, UM ELEMENTO DA EDUCAÇÃO

Comumente se entende por disciplina a palavra definida pelos dicionários, ou seja, regime, ordem imposta, ordem que convém, ao funcionamento regular de uma organização (militar, escolar). Relações de subordinação do aluno ao mestre ou ao instrutor. Observância de preceitos ou normas sob um regulamento. Disciplinar é o ato de sujeitar ou submeter à disciplina: disciplinar uma tropa. Fazer obedecer ou ceder, acomodar, sujeitar, corrigir. Para a maioria dos educadores, disciplina é entendida como a descrita acima, ou seja, é entendida como adequação do comportamento do aluno àquilo que o professor deseja. Considera-se ainda que, disciplina é o comportamento do aluno previamente esperado pelo professor. A questão que poderia ser colocada é a seguinte: que comportamento deseja o professor? Segundo NÈRICI (1960, p. 311), “queiramos ou não, o problema da disciplina é preocupação constante da escola e do professor”. Freqüentemente o desejo do professor é que o aluno fique quieto, ouça as explicações que tem para dar, faça corretamente os exercícios e pronto. Se as atividades acontecerem, o professor vai sentir-se realizado. Porém, entendo que o caminho não é este, uma vez que desta forma, estaremos definindo uma disciplina centrada fora do sujeito e não a partir do sujeito. Refletindo sobre a temática no contexto escolar, pensamos que o trabalho na escola não pode realmente efetivar-se sem esforços, dedicação e principalmente Disciplina. Considera-se que a disciplina na escola, não poderia ser entendida como se tivesse uma finalidade educativa em si mesma, não pode ser puramente exterior, baseado num conjunto de regras e condutas, normas hierárquicas e rígidas.

O PROFISSIONAL DA EDUCAÇÃO

O professor possui autoridade, e não deve usá-la de forma abusiva, mas por ela, apresentar suas idéias, conhecimentos e experiências, sem desrespeitar o conhecimento do grupo, sempre encorajando-os à participação, encarando-os como sujeitos conscientes e responsáveis pelo seu próprio processo de aprendizagem. O educador deve procurar organizar o ensino a partir de desafios que solicitam a ação dos alunos e as trocas interindividuais com vista à reflexão, à discussão e à busca das soluções conjuntas. O professor favorece o desenvolvimento da iniciativa e da autonomia do educando na medida em que problematiza, orienta e questiona as situações problemas, estimulando-o para a participação do processo de decisão. Ao mesmo tempo, ele favorece às vivências de atitudes de cooperação entre alunos promovendo o desenvolvimento do senso de justiça em substituição à norma de obediência. Promove, portanto, o fortalecimento da vivência de relações democráticas asseguradas pela participação responsável e comprometidas do grupo e pelo desenvolvimento do respeito mútuo entre os alunos e entre o educador e o grupo que coordena, como podemos constatar no diálogo de (FREIRE e SHOR), "o educador deve estabelecer uma relação dialógica com seu aluno e abrir espaços livres para que participe, pois é impossível ensinar participação sem participação". Entende-se portanto, que para definir disciplina na escola, é necessário considerar uma série de questões sociais atuais e rever o comportamento de muitos profissionais da educação.

DISCIPLINA E A EDUCAÇÃO PARA A LIBERDADE E RESPONSABILIDADE

De acordo com Chagas (2001) devem coexistir na escola, a disciplina e a educação para a liberdade e responsabilidade. A liberdade não é o direito de fazer o que se quer, mas sim, fazer o que se deve. A autora entende que a liberdade de um indivíduo não deve ser usada em prejuízo do bem estar da comunidade, pois ninguém tem o direito de ferir a liberdade do concidadão. O que deve existir é um ajustamento entre a personalidade do aluno e a organização educacional. A disciplina escolar não deve ser um conjunto de regras negativas: é preciso fazer isto”, ‘é proibido fazer aquilo’. Ao contrário, a disciplina deve ser funcionaL dinâmica e realizadora, isto é, derivar espontânea e funcionalmente da atividade escolar e do bom funcionamento da Instituição. Rejeitados os métodos antigos e autoritários, surgiram o que a literatura especifica chama de educadores progressistas: evitam uma intervenção autoritária na vida dos educandos, procuram orientar, dialogar e apelar para um comportamento racional. Abrem mão de toda autoridade e pedem aos alunos compreensão e cooperação. A falta de firmeza dos educadores, leva a criança a impor a sua vontade. E determina o que vai comer, o que vai vestir, que programa assistir na televisão, como deve ser mobiliado seu quarto. Acostumados desde cedo a impor sua vontade, a criança e o adolescente não aceitam ser contrariados. A reação bem conhecida é espernear, gritar, chorar ou alegar doença. E acabam por praticar atos mais graves que preocupam a todos.

DISCIPLINA NA VISÃO DE DAMON E CHAGAS

Segundo DAMON (1995), para uma sociedade melhorar é preciso que suas crianças tenham algum idealismo, especialmente quando jovens. E preciso que se incida nelas um sentido de comunidade e de auto-sacrificio. E essencial que as crianças sejam desafiadas para serem melhores do que são, caso contrário cai-se no império do cinismo, desde muito cedo e não se realiza nada. A disciplina, como criadora de condições para aprender, não pode cuidar sã de condições individuais, deve cuidar também de criar um ambiente, um clima, que ajude as pessoas a aprender. Cada um deve contribuir com o seu modo de ser e estar pronto para ajudar a construir um ambiente escolar estimulante. Costuma-se compreender a indisciplina, no meio educacional, como a manifestação de um individuo ou de um grupo com um comportamento inadequado, um sinal de rebeldia, intransigência, desacato, traduzida na falta de educação ou de respeito pelas autoridades, na bagunça ou agitação. Como também na incapacidade do aluno (ou alunos) em se ajustar às normas e padrões de comportamento esperados. A disciplina parece ser vista como obediência cega a um conjunto de prescrições e, principalmente, como um pré-requisito para o bom aproveitamento do que é oferecido na escola. Nessa visão, as regras são imprescindíveis ao ordenamento, ajustamento e controle desejados de cada aluno e da classe como um todo. É curioso observar que qualquer inquietação, questionamento, discordância, conversa ou desatenção por parte dos alunos é entendida como indisciplina, já que busca obter a tranqüilidade, o silêncio, a docilidade, a passividade dos alunos de tal forma que não haja nada nelas nem fora delas que as possa distrair dos exercícios passados pelo professor, nem fazer sombra à sua palavra Chagas (2001) explica que outra tendência presente na concepção dos educadores é a de associar a disciplina à tirania. Qualquer tentativa de elaboração de parâmetros ou definição de diretrizes é vista como prática autoritária, que ameaça o espírito democrático e cerceia a liberdade e espontaneidade dos alunos. Nesta versão, a disciplina assume uma conotação de opressão e enquadramento. Sendo assim, apresentar condutas indisciplinadas pode ser entendido como uma virtude, já que pressupõe a coragem de ousar, de desafiar os padrões, de se opor à tirania muitas vezes presente no ambiente escolar.

CRIANÇAS PRECISAM DE LIMITES, SIM!

“Crianças precisam sim aderir a regras (que implicam valores e formas de conduta) e estas somente podem vir de seus educadores, pais ou professores. Os limites implicados por estas regras não devem ser apenas interpretados no seu sentido negativo: o que não pode ser feito ou ultrapassado. Devem também ser entendidos no seu sentido positivo: o limite situa, dá consciência de posição ocupada dentro de algum espaço social — a família, a escola, a sociedade como um todo.”

POSSÍVEIS CAUSAS DA INDISCIPLINA NA ESCOLA...

"Há pais que, por manter seus filhos na escola, acham que esta é responsável pela educação dos mesmos. Quando a escola reclama de maus comportamentos ou das indisciplinas dos alunos, os pais jogam a responsabilidade sobre a escola." (TIBA, 1996:169) Possíveis causas da indisciplina na sala de aula e na escola Por que as crianças não obedecem? esta pergunta intriga vários profissionais da educação. Por que atualmente as crianças não obedecem nem seus pais, tampouco os professores? Os alunos hoje não têm limites. Ao observar todo o cotidiano escolar, vê reclamações e relatos dos funcionários e até mesmo da diretora, e estes também destacaram a questão disciplinar como uma das dificuldades fundamentais para o bom desenvolvimento do trabalho escolar. Segundo os professores, o ensino teria como um de seus obstáculos centrais a conduta desordenada dos alunos, como: bagunça, tumulto, falta de limites, mau comportamento, desrespeito. Realmente, conquistar a disciplina em sala de aula e na escola tornou-se um verdadeiro desafio para o ensino atual, tanto nas instituições de âmbito público como privado e merece uma séria reflexão. E os questionamentos continuam. · Mas, o que quer fazer diante de uma classe de baderneiros? · Como colocar ordem no caos? · De quem é a culpa? Muitas pessoas atribuem a culpa pelo comportamento indisciplinado do aluno à educação recebida na família, assim como à dissolução do modelo nuclear familiar. Segundo o Psicólogo Esron Ribeiro, do corpo docente do Seminário Teológico de Sumaré, muitas crianças têm uma criação familiar totalmente autoritária, estão acostumadas a serem surradas e a receberem severos castigos, por esta razão não conseguem viver em ambiente democrático. Para Esron, muitos pais acabam dando liberdade excessiva a seus filhos, criando filhos indisciplinados, cheio de dengos, que não conseguem conviver com obrigações rotineiras e sentem-se frustrados quando não são o centro das atenções. A maior parte dos alunos vem de lares desestruturados, são filhos de pais separados, por isso apresentam um comportamento tão agressivo. Após conversa com um acadêmico, que está pesquisando sobre o relacionamento da escola e a família, acrescento que o problema da indisciplina também está associado à desvalorização da escola por parte dos pais, que dificilmente aparecem na escola, muito menos nas reuniões, além de não acompanhar as lições dos filhos e tomar conhecimento de seus comportamentos na escola.

OS QUATRO ALUNOS-TEXTO REFLEXIVO

"(Fábula sobre as diferentes maneiras de Serem estudantes, escrito por um aluno)

Esta é uma história que se passa em qualquer canto do Brasil em qualquer escola, com qualquer aluno, comigo, com você...
Eram quatro rapazes que estudavam numa escola em uma mesma classe: Arrependido, Falso, Mínimo e Quero-Tentar.
Arrependido era um rapaz desanimado com os estudos, não fazia nada na sala de aula e muito menos os deveres de casa. Não pensava no seu futuro e vivia achando que estava perdendo tempo naquela escola e por isso arrependia-se por não poder ficar pelas ruas com seus colegas. Por não gostar de estudar tirava notas baixas.
Falso era um cara mentiroso e um pouco preguiçoso para com os estudos. Ou copiava de alguém ou falsificava o que fazia, na realidade mesmo, nada fazia era tão falso quanto sua nota - apesar de ser razoável - pois tudo que precisava era colar ou confiar no amigo na hora da avaliação, raramente isto falhava.
Mínimo era um rapaz que não pensava em ir muito longe, para este o que importava era conseguir uma nota que o aprovasse, portanto, estudava pouco, mas não 'colava' nas avaliações e não passava disso, 60% era o bastante e contentava-se com este mínimo. Sempre tinha um pensamento 'tenho boas notas porque não perdi nenhuma'.
Quero-Tentar gostava do que fazia. Quando lhe apresentava algo novo, um problema que ele não soubesse, ele dizia: 'Vou tentar resolvê-lo' e quase sempre conseguia mesmo.
Assim Quero-Tentar era o primeiro da classe. Em termos de aprendizagem, Mínimo era o penúltimo, Falso era o último, pois só tinha nota e não sabia nada, e Arrependido abandonou a escola.
Hoje são todos homens feitos e cada um teve o seu destino:
Arrependido mora numa favela chamada Tarde Demais.
Falso, queria se político, mas infeliz, descobriram sua falsidade; foi julgado e condenado por um juiz chamado Verdade.
Mínimo, com seu conhecimento mínimo, é soldado mínimo, ganha salário mínimo e tem um comandante muito exigente chamado Máximo que sempre lhe cobra 100%
“Quero - Tentar se saiu melhor, hoje é presidente de um país chamado ‘República Democrática dos Sucessos’.”


Qual dos alunos citados no texto você foi até o ano anterior?
Qual pretende ser a partir de agora?
Justifique sua resposta. Os textos serão colocados dentro de um envelope, lacrados e abertos somente no final do ano letivo.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

QUEREMOS AULAS MAIS DINAMIZADAS!!!!

DRAMATIZAÇÃO-MENINA BONITA DO LAÇO DE FITA
MENINA BONITA DO LAÇO DE FITA QUEM TE FEZ ASSIM TÃO PRETINHA????

TRABALHANDO EM GRUPO-ALTO LINDO


BRINCANDO TAMBÉM SE APRENDE-TRABALHANDO OS TIPOS DE SUBSTANTIVOS BRINCANDO DE ADEDONHA...

RODA DE LEITURA...

FILME EDUCATIVO: TIPOS DE ENERGIA

sábado, 7 de janeiro de 2012

A ATUAÇÃO DO PROFESSOR PODE CAUSAR INDISCIPLINA?

Sim, a atuação docente inadequada em sala é outra causa da indisciplina. "Embora os professores anseiem por uma solução, acham-se perdidos por não poder agir com a rigidez de antigamente, que permitia até alguns castigos físicos". A autoridade do professor perante a classe só é conquistada quando ele domina o conteúdo e sabe lançar mão de estratégias eficientes para ensiná-los. Se não, como bem descreve o psicólogo austríaco Alfred Adler (1870-1937), a Educação se reduz ao ato de o aluno transcrever o que está no caderno do professor sem que nada passe pela cabeça de ambos. "O resultado é o tédio. E gente entediada busca algo mais interessante para fazer, o que muitos confundem com indisciplina. A escola é, sem dúvida, a instituição do conhecimento, mas é preciso deixar espaço para a ação mental da turma", afirma Luciene Tognetta, do Departamento de Psicologia Educacional da Faculdade de Educação da Unicamp.

Escritores Mágicos Vaquinha on-line

Toda criança tem um mundo de sonhos. Por que não transformá-los em livros de verdade? Sou professora! Inscrevi meus alunos do 5° ano no Proj...