quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

ENTENDENDO A DISLEXIA

Recentemente, li o livro “Entendendo a dislexia: um novo e completo programa para todos os níveis de problemas de leitura”, de Sally Shaywitz e publicado pela ArtMed. O livro, nos primeiros capítulos, expõe uma explicação das Neurociências sobre o que ocorre com o cérebro de uma pessoa normal no processo de leitura e que tipo de prejuízo sofre o disléxico. Além disso, destaca já no início o aspecto hereditário da dislexia, que deve ser investigado através de uma anamnese bem apurada com a família.
A grande preocupação da autora é com o diagnóstico ainda na pré-escola, usando basicamente duas estratégias: o monitoramento intensivo durante a alfabetização e a aplicação de testes padronizados de leitura. A importância do diagnóstico precoce se deve ao fato da dislexia ser persistente, sem qualquer chance de recuperação espontânea. Segundo a autora, não se deve esperar quando a criança não apresenta evolução no reconhecimento das letras e dos seus sons. Diante da constatação da condição de risco, deve-se recorrer a um dos programas de caráter científico para disléxicos. A inserção nos programas de leitura sempre é capaz de resultar em bons leitores, mas quanto mais rápido for o diagnóstico, em menos tempo o disléxico será reintegrado aos seus pares e se tornará um leitor confiante. As descrições encontradas no livro sobre esses programas com as indicações dos seus respectivos sites na internet são referências de grande interesse para os profissionais da área.
A autora se refere constantemente às técnicas comportamentais para incrementar o repertório de palavras conhecidas pelo disléxico. Há inclusive orientações aos pais de como criar uma rotina de leitura com os filhos portadores de dislexia na expectativa de proporcionar fluência à leitura dessas crianças. O recurso do áudio e do computador no ambiente escolar também são convenientes para tornar o vocabulário do texto familiar ao aluno. De acordo com Shaywitz, o uso de laptop em sala de aula e o tempo adicional para realização de provas em sala separada são as acomodações mais freqüentes para colocar o disléxico numa condição digna de avaliação.
De um modo geral, os programas de leitura trabalham com grupos reduzidos de até quatro crianças, de duas a três vezes por semana e pelo período de aproximadamente duas horas a cada estudo.

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